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Desconheço o mundo físico e moral
Aquele em que nasci para não ver!
O mundo cruel e imoral
Que a minha cegueira consegue ler.
Sou escuridão em cada momento,
Sem ter noite nem dia, apenas Solidão...
Intransponível aço desalento
Que oiço e sinto na minha mão.
Come-me esta infindável sombra maldita
que é perdição a tremer.
Sei que sim - a minha vida cita.
Mas em mim há uma cegueira que o não é
É sobreviver à vontade de morrer tendo o amor presente Neste coração que olha , me levanta e põe de pé!